O Projeto “Homenagem a voz do milênio, Elza Soares” abrange o repertório de um dos pilares da nossa música popular brasileira. A cantora mescla ritmos e estilos ao nosso Samba dando poder total à sua soberania no palco e em sua incontestável estrutura vocal. A paulistana Mara Nascimento encontra em Elza Soares, tanto em suas interpretações como em sua filosofia musical, tudo o que a estimula ser cantora. Afirma que para cantar sua alegria é necessário não deixar de expor as lutas da vida.
Assim nasceu essa coragem de homenagear a esplêndida Elza, quem ganhou um dos prêmios mais nobre do mundo, “A VOZ DO MILÊNIO”. Prêmio em que a colocou no rol junto com as Divas internacionais. Mara, admiradora do samba desde seis anos de idade, idade em que aprendera a sambar com o seu pai, Pedro do Nascimento, sambista nato e cavaquinista; também admiradora de Ella Fitzgerald; quando, escondida de sua mãe, a pianista Léa Gomes do Nascimento, pegava as coleções de LP da editora ABRIL, na época, a editora lançava os clássicos de compositores Eruditos, das intérpretes de Jazz e da MPB; para escutar em sua casa e imaginar que um dia ela poderia ser cantora como elas.
A paulistana mais tarde, viu ao vivo um show da roqueira Tina Turner, associou Elza Soares com a Diva americana e disse a todos: “Agora eu tenho certeza que quero ser cantora!”. Quando mais madura, com o aval de Elza Soares, se viu em condições de lhe prestar essa homenagem. A escolha do repertório deu muito trabalho, pois Elza, incluindo singles, coletâneas e compilações, gravou mais de 53 discos. Motivo na qual essa escolha foi muito “sofrida”, sendo assim, Mara associou as passagens da vida da Elza com os estilos e mensagens, através das letras, separando 15 canções para o show. Dentre elas, PRANTO LIVRE (Dida e Everaldo da Viola – 1974), FADAS (Luiz Melodia – 1999), SE ACASO VOCÊ CHEGASSE (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins, 1938), MULATA ASSANHADA (Ataulfo Alves, 1961).
Show lançado no Bar Brahma, All of Jazz e no Bourbon Street, o mesmo é coberto de surpresas! Admirável quando Mara senta ao piano para interpretar uma das músicas do repertório e também quando pega o pandeiro e complementa o swing
